ASTERACEAE

Symphyopappus lymansmithii B.L.Rob.

NT

EOO:

584.001,487 Km2

AOO:

256,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados: ESPÍRITO SANTO, município de Guarapari (Gomes 138); MINAS GERAIS, municípios de Caparaó (Teles 292), Ouro Preto (Carmo 2379), Passa Quatro (Meireles 2949), Rio Acima (Carmo 1415), Santa Bárbara (Carmo 1461); PARANÁ, municípios de Campina Grande do Sul (1329), Colombo (Andrade s.n.), Guaraqueçaba (Assis s.n.), Guaratuba (Santos 298), Morretes (Mocochinski 41), Paranaguá (Sheer 514), Piraquara (Reginato 627), Porto Rico (Paiva FUEL20734), Quatro Barras (Hatschbach 19949), Teixeira Soares (Paiva s.n.), Tijucas do Sul (Ferreira 89); RIO DE JANEIRO, municípios de Angra dos Reis (Duarte 7676), Itatiaia (Brade 15110), Magé (Vianna 112), Resende (Gottsberger s.n.); RIO GRANDE DO SUL, municípios de São Francisco de Paula (Hagelund 12670), São José dos Ausentes (Grings 985); SANTA CATARINA, municípios de Águas Mornas (Souza 134), Arroio Trinta (Gasper 1306), Atalanta (Sevegnani s.n.), Bom Jardim da Serra (Sobral 4822), Caçador (Gasper 1412), Campo Alegre (Ribas 6683), Joaçaba (Gasper 1912), Lauro Müller (Krapovickas s.n.), São Francisco do Sul (Reitz 10661), São Joaquim (Oliveira 2721), São José (Reitz 10367), São Pedro de Alcântara (Queiroz FLOR224), Taió (Gasper 1382), Urubici (Bordignon s.n.); SÃO PAULO, municípios de Campos do Jordão (Amaral 87), Cananéia (Souza 233), Itararé (Souza s.n.), Ribeirão Grande (Machado s.n.), Santo André (Godoy 17), São José do Barreiro (Freitas 67), São Miguel Arcanjo (Hoehne SP46308), São Paulo (Feliciano 13), Ubatuba (Brade 20886).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2019
Avaliador: Raquel Negrão
Revisor: Marta Moraes
Critério: B2a
Categoria: NT
Justificativa:

Arvoretas ou arbustos com 4 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Ocorre em Campos de Altitude, Floresta Ombrófila, e Floresta Ombrófila Mista associados aos domínios da Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi coletada nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apresenta AOO=248 km² e está sujeita mais de dez situações de ameaça. O desmatamento é a principal ameaça incidente sobre as subpopulações (Loeuille, 2019). Além disso, a expansão de atividades agropecuárias e silviculturais e a invasão de espécies exóticas vêm reduzindo drasticamente as áreas de vegetação campestre da região dos Campos Gerais do Paraná (Moro e Carmo, 2007; Mocochinski e Scheer, 2008). Essas ameaças são responsáveis pelo declínio de EOO, AOO e qualidade do habitat. A espécie foi considerada "Quase ameaçada" (NT) de extinção em avaliação de risco de extinção anterior, em nível nacional (Martinelli e Moraes, 2013). Atualização das coleções e novos registros ampliaram a distribuição de ocorrência da espécie, porém não houve alteração dos limiares de risco. A espécie foi coletada recentemente entre 2010-2018 (Loeuille, 2019) e há uma estudo fitossociológico Scheer et al. (2011) em quatro serras de Floresta Ombrófila Densa Altomontana localizadas no Estado do Paraná, indicando a ocorrência da espécie em duas delas em uma densidade estimada em 8,3 e 24 indivíduos por hectare. Portanto, a espécie foi mantida na categoria "Quase ameaçada", considerando a atual distribuição. Em vista das ameaças incidentes e o atual nível de fragmentação da Mata Atlântica, são necessárias ações de pesquisa (tendência e tamanho da população global) e conservação (proteção dos habitats e programas de conservação ex situ)

Último avistamento: 2018
Quantidade de locations: 18
Possivelmente extinta? Não
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

A espécie foi avaliada pelo CNCFlora em 2013 e consta como "Quase Ameaçada" (NT) no Livro Vermelho da Flora do Brasil (Martinelli e Moraes, 2013), sendo então necessário que tenha seu estado de conservação reavaliado após 5 anos da última avaliação.

Houve mudança de categoria: Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 NT

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Contr. Gray Herb. 96: 19. 1931. Resposta ao questionário de validação: De acordo com o especialista botânico Benoit Francis Patrice Loeuille, a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R. Não; 2 - ocorre em Unidades de Conservação de Proteção Integral. R. Sim, ocorre no Parque Nacional do Caparaó e no Parque Nacional da Serra da Bocaina; 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R. Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R. Não, ocorre na Mata Atlântica: do estado do Rio Grande do Sul até o estado do Espírito Santo; 5 - possui amplitude de habitat. R. Não; 6 - possui especificidade de habitat. R. Sim; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R. Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R. Ocasional; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R. Desmatamento (Benoit Francis Patrice Loeuille, com. pess. 10/06/2019).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados quantitativos sobre o tamanho populacional e quanto à frequência dos indivíduos na população é ocasional. (Benoit Francis Patrice Loeuille, com. pess. 10/06/2019). Scheer et al. (2011) realizaram levantamentos fitossociológicos em áreas de floresta ombrófila densa altomontana localizadas em quatro serras no Estado do Paraná, e encontraram S. lymansmithii ocorrendo em duas dessas áreas, com uma densidade estimada em 8,3 e 24 indivíduos por hectare.
Referências:
  1. Scheer M.B.;,Mocochinski, A.Y., Roderjan, C.V., 2011. Estrutura arbórea da Floresta Ombrófila Densa Altomontana de serras do Sul do Brasil, Acta Botanica Brasilica, 25: 735-750.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Campo de Altitude, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista
Fitofisionomia: Campos de Altitude, Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude Shrubland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Arvore ou arbusto com até 4 m de altura (Scheer 624), que habita a Mata Atlântica, nos Campos de Altitude, na Floresta Ombrófila, e na Floresta Ombrófila Mista (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019).
Referências:
  1. Symphyopappus in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103489>. Acesso em: 26 Jun. 2019

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 8.1 Invasive non-native/alien species/diseases habitat,locality past,present,future regional high
Os campos de altitude em que a espécie ocorre no Paraná são ameaçados devido à invasão por Pinus sp e outras espécies exóticas (Mocochinski; Scheer, 2008).
Referências:
  1. Mocochinski, A.Y., Scheer, M.B., 2008. Campos de altitude na Serra do Mar paranaense: aspectos florísticos, Floresta, 38: 625-640.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture locality,habitat past,present,future regional high
Nas últimas décadas, a expansão de atividades agropecuárias e silviculturais vêm reduzindo drasticamente as áreas de vegetação campestre da região dos Campos Gerais do Paraná, e as áreas remanescentes são ameaçadas pela invasão de espécies exóticas (Moro; Carmo, 2007).
Referências:
  1. Moro, R.S., Carmo, M.R.B., 2007. A vegetação campestre nos Campos Gerais. In: MEL, M.S.; MORO, R.S.; GUIMARÃES, G.B. Patrimônio natural dos Campos Gerais do Paraná. Ponta Grossa: Editora da UEPG, p.93-98, 2007.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future national high
O desmatamento é a principal ameaça incidente sobre as populações de Symphyopappus lymansmithii que possui especificidade de habitat (Benoit Francis Patrice Loeuille, com. pess. 10/06/2019).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
Considerada com "Dados insuficientes" para avaliação de risco de extinção (DD) pela Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2. A espécie foi avaliada como "Quase ameaçada" (NT) pelo CNCFlora em 2013.
Referências:
  1. Ministério do Meio Ambiente (MMA), (2008). Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
  2. CNCFlora. Symphyopappus lymansmithii - in Lista Vermelha da flora brasileira Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/ Symphyopappus lymansmithii>.
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada na APA CAMPOS DO JORDÃO (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BACIA DO PARAÍBA DO SUL (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE CANANÉIA-IGUAPÉ-PERUÍBE (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE GUARAQUEÇABA (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ESTADUAL DE GUARATUBA (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ESTADUAL DO PIRAQUARA (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DA MANTIQUEIRA (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SUL-RMBH (US), PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR (PI), PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BOCAINA (PI), PARQUE NACIONAL DA SERRA DO GANDARELA (PI), PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ORGÃOS (PI), PARQUE NACIONAL DE CAPARAO (PI), PARQUE NACIONAL DE SAINT-HILAIRE/LANGE (PI), PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA (PI), PARQUE NACIONAL DO SUPERAGUI (PI) e PARQUE NATURAL MUNICIPAL NASCENTES DE PARANAPIACABA (PI).
Ação Situação
5 Law & policy needed
A espécie ocorre em territórios que possivelmente serão contemplados por Planos de Ação Nacional (PANs) Territoriais, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Espírito Santo - TER33, Território Centro Minas - TER10, Território Paraná - TER19 e Território São Paulo TER20.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
A espécie não apresenta uso (Benoit Francis Patrice Loeuille, com. pess. 10/06/2019)